A Secretaria da Educação do Estado (SEC) recebeu em uma reunião, nesta segunda-feira (15), representantes da Federação dos Trabalhadores da Agricultura Familiar (FETRAF-BA), quando foram debatidas ações para a melhoria das escolas no campo visando a qualificação na oferta do ensino para os estudantes que moram na zona rural. Entre os temas discutidos foram a infraestrutura, formação de professores, sistema de informações, além do currículo escolar na Educação Básica e Profissional voltado às especificidades do campo.
Para o secretário da Educação do Estado, Jerônimo Rodrigues, é importante estreitar as relações com os movimentos sociais com o objetivo de dialogar e criar políticas públicas dentro da realidade dos trabalhadores do campo. “Queremos poder discutir aprendizagem com a FETRAF e outros movimentos sociais, que conhecem a realidade do estudante do campo para que possamos trabalhar ações que qualifiquem o ensino e proporcionem que esses jovens tenham a opção de continuar na zona rural. Sabemos, por dados na UNICEF, que na Bahia cerca de 220 mil alunos, da Educação Infantil ao Ensino Médio, estão fora da sala de aula, e grande parte é das zonas rurais e periféricas dos municípios. Por isso, não podemos apenas nos preocupar com o estudante que está na escola, mas também com aqueles que a abandonaram, trazendo essa criança e este jovem de volta à unidade escolar e dando uma formação de qualidade”, destacou.
O coordenador geral da FETRAF-BA, Rosival Leite, destacou a educação como ponto estratégico nas atuações da instituição, que está presente em 86 municípios. “Estamos muito contentes com esse diálogo porque a educação sempre esteve alinhada com os processos produtivos. Sabemos das dificuldades que estamos passando na atual conjuntura, por isso queremos apresentar demandas que sejam de uma ordem macro para depois esmiuçarmos ações mais específicas. A Bahia se tornou um Estado de resistência e acredito que vamos poder avançar com ações que fortaleçam a Educação no Campo em parceria com a Secretaria da Educação do Estado”, afirmou.