A Bahia avançou no atendimento educacional às crianças de 4 a 5 anos, entre 2016 e 2018, de acordo com a Pesquisa Nacional de Amostra Domiciliar (PNAD) divulgada, nesta quarta-feira (19), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). De acordo com os dados, a Bahia está muito perto da universalização da Educação Infantil, com 96,8% das crianças nas escolas, como estabelece a meta 1 dos Planos Nacional e Estadual da Educação. A pesquisa também mostra que na etapa seguinte, praticamente todas as crianças de 6 a 14 anos na Bahia, frequentam a escola (99,2%).
De acordo com o secretário da Educação do Estado, Jerônimo Rodrigues, os dados refletem os esforços empreendidos em função do regime de colaboração entre o estado e os municípios com foco na alfabetização das crianças na idade certa, até 8 anos. Isso passa pela formação de professores, assessoria técnica aos municípios e também pelo fornecimento de material didático. “Desde 2007 que o Estado vem fazendo um esforço, por meio do regime de colaboração com os municípios, para alfabetizar todas as crianças baianas na idade certa. Esta pesquisa mostra o resultado desta parceria que estamos fortalecendo cada vez mais com a UNDIME, a UPB, UNCME, com as universidades, os Institutos de Ensino Superior e, também, com os secretários de Educação dos Estados do Nordeste para uma agenda comum das aprendizagens”, afirmou.
No que se refere aos estudantes entre 15 e 17 anos, a PNAD mostra que 87,9% frequentam a escola. A Secretaria da Educação do Estado tem desenvolvido uma série de ações visando tornar a escola mais atraente para os estudantes combatendo o abandono. São projetos voltados à Ciência, ao Esporte, à Educação Profissional e Tecnológica, ao Empreendedorismo, Inovação, bem como à Arte e a Cultura, que dinamizam o ambiente escolar e promovem o protagonismo estudantil. Uma das iniciativas é o projeto Escolas Culturais, presente em 85 unidades escolares da rede estadual, e os Centros Juvenis de Ciência e Cultura, que oferecem 75 cursos e oficinas nos turnos opostos aos quais os estudantes estão matriculados na escola regular.
Sobre a alfabetização, a PNAD também aponta avanços na Bahia. A taxa subiu de 84,7%, em 2013, para 87,3%, em 2018, na faixa etária de 15 anos ou mais. Dos não alfabetizados, a concentração ocorre na faixa etária de pessoas com 60 anos ou mais, ou seja, 35,3% da população analfabeta. Estes resultados também refletem a execução na Bahia das políticas de alfabetização de jovens e adultos empreendidas pelo Governo do Estado a exemplo do programa Todos pela Alfabetização (TOPA), que, a partir de 2007 alfabetizou cerca de 1,5 milhão de pessoas, incluindo povos e comunidades tradicionais.