O Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (ICJ/CNPq) concedeu, nesta quarta-feira (27), 20 bolsas de iniciação científica para estudantes da rede estadual de ensino, durante a Mostra da Feira de Ciências, Empreendedorismo e Matemática da Bahia (FECIBA), que está sendo promovido pela Secretaria da Educação do Estado (SEC), no Instituto Anísio Teixeira (IAT). As bolsas irão contribuir para que os estudantes ampliem os projetos de iniciação científica, que estão sendo realizados no âmbito do projeto Ciência na Escola e que foram escolhidos pelo grande alcance e relevância social.
O subsecretário Danilo Souza, que representou o secretário da Educação, Jerônimo Rodrigues, na atividade, falou sobre a vinculação dos projetos com a realidade dos estudantes e com os locais onde eles vivem. “Chego aqui e tomo um banho de criatividade, beleza e sensibilidade dos nossos estudantes. É uma energia criativa incrível. Estou muito orgulhoso do potencial dessa juventude e de seus educadores. Podemos ver que a Ciências é mesmo um elemento importante para a construção da escola cidadã. As feiras de Ciência, a ideia de empreendedorismo e as soluções que esses jovens encontram para os problemas locais de forma contextualizada me chamaram muito a atenção. Não é a pesquisa pela pesquisa ou o exercício de um método científico, mas principalmente o pensar a sua comunidade, os problemas que ela tem e a solução prática. Isso é a grande marca do que vi nos experimentos”.
Empolgados com a possibilidade de aprimorarem seus trabalhos, os estudantes selecionados à bolsa oferecida pelo CNPq falaram sobre seus planos futuros. Uma das contempladas, Amanda Suiane Souza, 16, do Colégio Estadual Getúlio Vargas, no município de Casa Nova, falou sobre o seu contentamento com a oportunidade de dar seguimento ao projeto Pomada cicatrizante da casca de jurema. “Estou muito feliz por este reconhecimento e vai ser uma chance de aprimorarmos mais o nosso trabalho, que considero relevante, especialmente para a população diabética, que tem dificuldade na cicatrização de feridas por conta da doença. Então, nosso objetivo, a partir de agora, será potencializar a comercialização da pomada”, comemora a estudante, autora do trabalho junto ao colega Ícaro da Silva.
O estudante Nicássio dos Reis, que junto com o colega Andérson da Silva, protagonizou o projeto “Caminhão bombeiro”, também falou da sua alegria de ter tido o seu trabalho premiado, idealizado para contribuir no combate de incêndios na cidade, na ausência do corpo de bombeiro. “Com esta bolsa, acredito que vamos poder incrementar o nosso caminhão, que tem um sistema eletrônico inovador e eficaz. Queremos avançar tecnologicamente o nosso projeto e poder instalá-lo em várias cidades”, planeja.
Outras atividades
Dentro da programação do último dia da mostra do Ciência na Escola, professores e estudantes participaram das oficinas de formação do Instituto Alana e do Museu Virtual da Bata do Feijão. Membro do Alana, André Gravatá explicou que o instituto paulista atua com o intuito de fortalecer, no Brasil, uma rede de pessoas que cuidem da Educação com um novo olhar, dando visibilidade para ações protagonizadas por crianças e jovens que estão transformando as suas realidades. “O Criativos na Escola, um dos nossos programas, é conectado à prática do protagonismo juvenil e, em parceria com a SEC, por meio do Ciência na Escola, promove formações e conta a histórias de trabalhos interessantes, como é o caso do projeto ‘Da Escola para o Mundo’, do Colégio Estadual Deputado Eduardo Magalhães, em Alagoinhas”.
Dentro da programação do último dia da mostra do Ciência na Escola, professores e estudantes participaram das oficinas de formação do Instituto Alana e do Museu Virtual da Bata do Feijão. Membro do Alana, André Gravatá explicou que o instituto paulista atua com o intuito de fortalecer, no Brasil, uma rede de pessoas que cuidem da Educação com um novo olhar, dando visibilidade para ações protagonizadas por crianças e jovens que estão transformando as suas realidades. “O Criativos na Escola, um dos nossos programas, é conectado à prática do protagonismo juvenil e, em parceria com a SEC, por meio do Ciência na Escola, promove formações e conta a histórias de trabalhos interessantes, como é o caso do projeto ‘Da Escola para o Mundo’, do Colégio Estadual Deputado Eduardo Magalhães, em Alagoinhas”.
A professora orientadora do referido projeto, Lourdes Ramos, fala sobre a importância do trabalho que vem sendo realizado na unidade escolar há dois anos. “Fomos premiados pelo Criativos na Escola, do Instituto Alana, e quando isto aconteceu foi um divisor de águas na nossa escola. O ‘Da Escola para o mundo’ teve como objetivo melhorar a autoestima dos alunos. Para isto, abrimos a escola nos sábados e domingos e começamos a realizar atividades de autoconhecimento, dinâmicas de entrosamento e desafios. O resultado é que, hoje, temos uma comunidade escolar com a autoestima elevada e um grupo de pesquisa formado por estudantes”, relatou a educadora.
Ministrada pelo professor da rede estadual e pesquisador da Universidade Estadual da Bahia (UNEB), Erisvaldo Souza, a oficina do Museu Virtual da Bata do Feijão trouxe para os participantes o ritual da bata do feijão (retirada da casca), feita por comunidades rurais de Feira de Santana. “Estamos com uma proposta de criar soluções pedagógicas, com o auxílio da tecnologia digital, para preservar, difundir e conservar as práticas sociais das comunidades. Começamos com a Bata do Feijão, na região de Feira, que é uma prática historicamente primitiva na qual as pessoas fazem uma cerimônia para agradecer ao divino pela colheita. Tudo isto estava se perdendo. Daí criamos o museu virtual da Bata do Feijão (museuvirtualdabatadofeijao.com.br) e aqui mostramos aos professores como esta ferramenta tecnológica pode ser usada para auxiliar sua prática pedagógica, de forma transversal”.