Reforma do ensino noturno é discutida por educadores em Feira de Santana

 

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Como deve ser o ensino noturno, de modo que possa atender às características e necessidades dos estudantes que trabalham durante o dia e frequentam a escola no período da noite? A pergunta norteia as discussões do I Encontro Formativo sobre o Ensino Médio noturno, promovido, nesta terça-feira (11), pela Secretaria da Educação do Estado da Bahia, na sede do Núcleo Territorial de Educação (NTE 19 – Feira de Santana). A atividade conta com a  participação de gestores, diretores e professores articuladores.
O objetivo é discutir uma proposta diferenciada de Educação, já pensando na reforma do Ensino Médio com o público específico dos Centros Noturnos da Bahia (CENEB). Os CENEB são unidades da rede estadual que possuem uma metodologia diferenciada, cuja proposta pedagógica é pautada em três dimensões – Mundo do Trabalho; Ciência e Tecnologia e Arte e Cultura -, de modo que estimulem os estudantes trabalhadores a darem continuidade aos estudos.
A coordenadora de Ensino Médio da Secretaria da Educação do Estado da Bahia, Tereza Farias, fala sobre a importância desta reformulação, que deve contextualizar os saberes formais da escola com os saberes que os estudantes jovens e trabalhadores trazem da experiência com o mundo do trabalho. “Vamos articular uma nova forma de melhor acolher as especificidades dos estudantes do Ensino Médio dos CENEB, trazendo uma dimensão forte do mundo do trabalho, alterações na arquitetura curricular do Ensino Médio no CENEB, concatenando com os conteúdos curriculares que estão dentro da estrutura da matriz curricular desses centros, visando, com isso, aumentar o desempenho escolar e o estímulo pela permanência na escola”, afirma.
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Foco no pedagógico
A coordenadora da Educação de Jovens e Adultos (EJA) da Secretaria da Educação do Estado, Rita Oliveira, explica que o diálogo gira em torno de atividades pedagógicas integradoras, fortemente ligadas ao mundo do trabalho, a partir de estratégias, a exemplo de aulas mais criativas, que tornem, cada vez mais, o aluno ator do seu conhecimento. “O processo de permanência e sucesso desses jovens e adultos trabalhadores em sala de aula implica na efetiva proposição de ações que qualifiquem o trabalho pedagógico nesse turno de estudo, com a realização, por exemplo, de pesquisas orientadas e projetos de intervenções sociais, contribuindo para a elevação da escolaridade dessa população economicamente ativa que não tem como frequentar a escola durante o dia”, ressalta.
A rede estadual conta, atualmente, com dez Centros Noturnos da Bahia: Salvador (três), Feira de Santana, Vitória da Conquista, Conceição do Coité, Jacobina, Campo Formoso, Senhor do Bonfim e Cachoeira. No total, são 4.785 estudantes (1.673 Ensino Médio e 3.112 Ensino de Jovem e Adulto – EJA) matriculados.