O Ministério da Educação (MEC) divulgou, nesta quinta-feira (6), a terceira versão da Base Nacional Comum Curricular (BNCC) para a Educação Infantil e o Ensino Fundamental. O documento define o que cada estudante deve aprender nestas fases da Educação Básica. Na Bahia, a Secretaria da Educação do Estado mobilizou estudantes, professores, gestores e diferentes instituições de ensino, ao longo dos últimos três anos, com o objetivo de promover debates e contribuições qualificadas ao documento da BNCC, que será norteador dos conhecimentos que todos os estudantes da educação básica, nas quatro áreas do conhecimento, têm o direito de aprender.
A partir da definição da BNCC, todos os sistemas de ensino e as escolas da educação básica de todo o país definirão seus currículos, considerando as especificidades locais e regionais. Para o subsecretário da Educação do Estado, Nildon Pitombo, a BNCC apresenta avanços. “A BNCC define as competências gerais, das áreas específicas, de cada um dos componentes curriculares, as competências comunicativas e as cognitivas. Destas forma, traduz e facilita a ação do currículo escolar e o próprio trabalho dos professores”, afirma.
O subsecretário avalia os desafios para a implantação da BNCC, que precisa ser aprovada primeiro pelo Conselho Nacional de Educação (CNE) para ser sancionada e começar a vigorar, em 2019. Nildon Pitombo cita a necessária adequação de todo o material didático que o Ministério da Educação distribui para as escolas e a mudança no padrão de formação dos professores que “agora precisam se preocupar com os saberes sociais, comunicacionais, cognitivos e de interlocução dos estudantes, ampliando o papel da escola para além do cognitivo”.
Neste sentido, Nildon Pitombo afirma que o Estado da Bahia já avançou. Por meio do Programa Educar para Transformar, a Secretaria da Educação do Estado tem dado apoio aos municípios com a formação de professores e fornecimento de material didático referenciado na realidade da Bahia, para contribuir com a alfabetização das crianças na idade certa. Outro ponto destacado é a formação de professores, por meio da oferta de licenciaturas interdisciplinares em parceria com a Universidade Federal do Sul da Bahia (UFSB) e a Universidade do Estado da Bahia (UNEB).
“Aqui na Bahia, a gente já está em uma fase bem organizada. A formação das licenciaturas interdisciplinares já acontece nos Colégios Universitários da UFSB, cujas salas são em escolas da rede estadual, e estão em implantação pela UNEB nos nossos Complexos Integrados de Educação, como é o caso do instalado em Ipiaú. Estamos, também, avançando nesta discussão com o Instituto Anísio Teixeira. A gente está pensando nisto, porque o gestor tem que ter olhos para o futuro. A Bahia tem se antecipado, a gente conseguiu”, afirmou ao destacar o alinhamento do Estado com a União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação e o Conselho Nacional de Secretário da Educação (CONSED).